CEO do Banco XP acha que “crise é inexistente” e política monetária conterá inflação

Descrição do post.Gilson Finkelsztain, CEO da B3, vê cenário ainda desafiador e ano de 2025 longo antes do início do ciclo político de 2026.

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2/7/2025

Apesar do abalo pelo qual o mercado passou ao final de 2024, o CEO do Banco XP, José Berenguer, acredita que a política monetária vigente deve ser capaz de controlar a inflação. Na sua visão, o Brasil não enfrenta uma crise e o cenário atual não remete a situações “anômalas” do passado.
“Eu considero que essa crise não existe”, afirmou em um painel do evento Outliers promovido pelo InfoMoney nesta quinta-feira (6). “Ninguém quebrou, nem tivemos circuit breaker nos últimos três meses, apesar das grandes oscilações”, acrescentou.

Parte de sua análise se baseia no início de um novo ciclo político visando 2026 e um cenário inflacionário que tende a ser controlado. “Não há como o impacto monetário ocorrido não gerar efeitos. E toda discussão, mais uma vez, relacionada ao ano seguinte, começa a ganhar força à medida que nos aproximamos do final deste ano.”

O CEO da B3, Gilson Finkelsztain, que dividiu palco com Berenguer no painel, diz ter uma visão menos otimista. Para ele, a falta de confiança e credibilidade no Brasil têm gerado o mau humor do mercado. “Estamos muito distantes da eleição e isso faz com que a gente tenha um ano de 2025 mais complexo, mais difícil”, avaliou.

Finkelsztain ainda vê as eleições de 2026 muito distantes e alocações estão travadas por falta de clareza sobre a agenda do próximo ciclo político.

“O que mais me preocupa ainda para os próximos 12 meses é que o Brasil está perdendo relevância dentro dos índices de emergentes”, disse Finkelsztain. “Então, eu acho isso bem preocupante. Já tivemos 17% em peso nos índices de mercados emergentes, e estamos em 4% com viés de baixa.”