O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou a afirmação de que o governo tem corrigido diversas distorções nas contas públicas, incluindo aumentando a tributação sobre as camadas mais ricas da população. Em entrevista à rádio Cidade, de Caruaru (PE), Haddad comentou que os ricos foram excessivamente favorecidos com isenção de impostos, e esse cenário está sendo alterado.
“Havia muitos benefícios fiscais para empresários ricos, muitos benefícios fiscais. Os ricos foram muito favorecidos com isenção de impostos, e estamos corrigindo isso, porque fundos em paraísos fiscais não pagavam impostos no Brasil, e o governo anterior não teve a coragem de cobrar impostos de quem possuía fundos nesses paraísos fiscais. O presidente Lula corrigiu isso. Ao mesmo tempo em que aumentava a faixa de isenção do imposto de renda, ele cobrava de quem não pagava, como milionários e bilionários que tinham dinheiro fora do Brasil”, afirmou Haddad.
O ministro também declarou que, ao longo de 2024, o governo tem corrigido as distorções do déficit público. “O déficit acumulado nos dois governos anteriores foi de quase R$ 2 trilhões. A dívida pública aumentou muito desde que o presidente Lula deixou a presidência da República. Estamos hoje corrigindo essa questão do déficit público”, disse o ministro.
Em 2024, o governo alcançou a meta de resultado primário. Embora o objetivo fosse um resultado neutro, o déficit de 0,09% do PIB no ano passado (excluindo os gastos extraordinários com o Rio Grande do Sul) ficou dentro do intervalo de tolerância da meta, que é de 0,25 ponto porcentual para mais ou para menos. A Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG) como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 76,1% em dezembro.