Cenário interno também influencia na queda do dólar, afirma economista
A decisão do governo Donald Trump nos EUA de não impor novas tarifas sobre importações tem contribuído para aliviar a pressão sobre diversas moedas frente ao dólar no final de 2024, incluindo o real.
No entanto, Daniel Miraglia, economista-chefe da Integral Group, ressalta que fatores internos também têm papel importante na desvalorização da moeda americana, que recuou 6,7% em relação ao real.
Ele destaca que a ata da última reunião do Copom adotou um tom mais rígido, sinalizando preocupações com a inflação, o que reforçou as apostas de que os juros possam subir além do 1 ponto percentual já esperado. Esse aumento no diferencial de juros entre Brasil e EUA pode fortalecer a moeda brasileira.
Além disso, a recente queda na popularidade do presidente Lula pode levar o governo a adotar uma postura mais austera na área fiscal, o que, na visão do mercado, também ajudaria a valorizar o real.

