

O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou nesta segunda-feira, 10, que o governo brasileiro aposta no diálogo diante do anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre a aplicação de tarifas de 25% ao aço e alumínio exportados para os EUA. Ele recordou que, em um caso semelhante no passado, foram estabelecidas cotas para as vendas do produto brasileiro ao mercado norte-americano.
“Vamos aguardar, pois acreditamos muito no diálogo. Isso já ocorreu antes, mas foram criadas cotas. A parceria entre Brasil e Estados Unidos é equilibrada, um benefício mútuo. Nós exportamos para eles, eles exportam para nós, e quem ganha é a população”, declarou Alckmin a jornalistas, após visitar a unidade da Bionovis, em Valinhos (SP).
Embora não tenha entrado em detalhes, o vice-presidente fez referência ao acordo firmado em 2018, quando o governo brasileiro negociou cotas de exportação para o aço nacional após Trump, em seu primeiro mandato, anunciar a mesma tarifa de 25% sobre produtos siderúrgicos importados pelos EUA.
Para o aço semiacabado, a cota estabelecida foi de 3,5 milhões de toneladas, enquanto para o produto acabado — incluindo aços longos, planos, inoxidáveis e tubos — ficou em 543 mil toneladas.
Nesta segunda-feira, Alckmin ressaltou a relação histórica de 200 anos entre Brasil e Estados Unidos. “Nós exportamos US$ 40,2 bilhões para os Estados Unidos, um valor significativo, que envolve produtos de alto valor agregado, como aviões e automóveis. Por outro lado, eles exportam até um pouco mais para nós, cerca de US$ 40,5 bilhões”, afirmou.
O vice-presidente reforçou que o governo ainda aguarda mais informações sobre a possível taxação e destacou a abordagem de cooperação. “Na última vez em que isso aconteceu, foram estabelecidas cotas. Nossa postura será sempre de colaboração e parceria para o benefício das nossas populações”, concluiu.
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