Brasil tem condições de chegar a acordo com EUA sobre tarifas de Trump, diz AEB

Presidente da associação de comércio exterior diz que Brasil tem histórico de bom negociador e ideologias diferentes entre os governos não se sobrepõem a vontades comerciais

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2/11/2025

Para o aço semiacabado, a cota estabelecida foi de 3,5 milhões de toneladas, enquanto para o produto acabado — incluindo aços longos, planos, inoxidáveis e tubos — ficou em 543 mil toneladas.

Nesta segunda-feira, Alckmin ressaltou a relação histórica de 200 anos entre Brasil e Estados Unidos. “Nós exportamos US$ 40,2 bilhões para os Estados Unidos, um valor significativo, que envolve produtos de alto valor agregado, como aviões e automóveis. Por outro lado, eles exportam até um pouco mais para nós, cerca de US$ 40,5 bilhões”, afirmou.

O vice-presidente reforçou que o governo ainda aguarda mais informações sobre a possível taxação e destacou a abordagem de cooperação. “Na última vez em que isso aconteceu, foram estabelecidas cotas. Nossa postura será sempre de colaboração e parceria para o benefício das nossas populações”, concluiu.

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"É fundamental que as entidades de classe também estejam envolvidas nessas discussões", destacou o chairman.

Para Pimentel, a abordagem de Trump é ampla e abrange toda a indústria, mas, quando as negociações chegam a questões específicas, sempre há margem para ajustes.

Isso se aplica mesmo com o Brasil sob um governo cujo presidente critica abertamente a nova administração norte-americana. Vale lembrar que, durante o primeiro mandato de Trump, o Brasil tinha um alinhamento ideológico mais próximo dos EUA.

"Não existe divergência ideológica que seja forte o bastante para impedir um interesse comercial", afirmou Pimentel.

O chairman da AEB entende a postura defensiva de Trump para resguardar o mercado interno dos EUA, especialmente contra a China. No entanto, ele considera que a aplicação de tarifas também empurra o Brasil a explorar novos mercados. “Sem dúvida, surgirão outras oportunidades, e é fundamental ir atrás delas”, afirmou Pimentel.

Veja a seguir trechos da entrevista com Arthur Pimentel, presidente do conselho de administração da AEB. O conteúdo foi editado para melhorar a clareza e compreensão.